Justiça

Papel em “Justiça” fez Marjorie Estiano questionar eutanásia: “Achava que todo mundo tinha o direito de morrer”

Beatriz (Marjorie Estiano) em cena da minissérie Justiça - Foto: TV Globo Marjorie Estiano teve a chance de interpretar uma personagem com uma história

Beatriz (Marjorie Estiano) em cena da minissérie Justiça - Foto: TV Globo
Beatriz (Marjorie Estiano) em cena da minissérie Justiça - Foto: TV Globo

Redação Publicado em 24/08/2016, às 11h54

Marjorie Estiano teve a chance de interpretar uma personagem com uma história realmente marcante na minissérie Justiça.

Na trama, ela deu vida a Beatriz, uma bailarina que perde o movimento das pernas após ser atropelada. A conexão forte com o corpo faz com que ela peça ao namorado, Maurício (Cauã Reymond), que pratique a eutanásia.

Durante a preparação para viver a personagem, Marjorie teve aulas de dança por um mês com a coreógrafa Márcia Rubim. Esse “laboratório” afinou sua conexão com o próprio corpo e mudou sua opinião sobre a prática da eutanásia:

“Antes eu estava certa de que você teria o direito de morrer, se fosse insuportável. Mas esse papel me fez questionar. No caso dela, acho que se precipitou. Foi uma decisão reativa, menos de 48 horas após o acidente. Ela poderia descobrir outros caminhos nessa condição”, disse a atriz, à coluna TV e Lazer, do jornal Extra.

Marjorie Estiano como Beatriz na minissérie Justiça – Foto: TV Globo/ Estevam Avellar

À publicação, a atriz também traçou uma linha entre os trabalhos nas minisséries Justiça e Ligações Perigosas, em que interpretou Mariana:

“Nas duas existem um elemento que atravessa a vida delas. No caso da Mariana, foi a separação do Augusto (Selton Mello). Com a Beatriz, a separação do corpo dela, do controle sobre os movimentos, de se expressar da maneira que ela escolheu para viver”, explicou.

No final da entrevista, Marjorie Estiano revelou que já pensou em morrer, e que não teme o fim da vida: “Todo mundo já desejou a morte em algum momento da vida. Eu tenho medo de sentir dor, mas de morrer não”, completou.